A long time ago, i decided to make my own tribute to this genious young man, and share with the world my love for his music and soul. To all of Jeff Buckley fans, with love.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Contra o relógio

O tempo em Memphis parecia não querer passar. Cada minuto parecia uma hora. O ar da rua trazia-me desgosto. No fundo senti que ali, naquele lugar distante e onde tantas vidas se misturam, o tempo não queria passar. Talvez fosse para mim.
Corria pelas ruas, perdia-me sem medos, porque no fundo já eu me sentia perdida. Não havia muito para onde ir, porque fosse eu para onde fosse, na minha cabeça lembrava-me sempre do mesmo.
Por momentos pensei que aquela enorme cidade me vigiava, sabia tudo o que eu fazia, o que eu pretendia. Talvez naquele momento ela quisesse devorar-me.
Pensei que por momentos ela quisesse mesmo. De um momento para o outro sentia os seus enormes olhos postos em mim, vindos de todo o lado, para todo o lado que eu ía.
Mais tarde, quando o sono começava a tomar conta do meu corpo drogado e cansado de ansiolíticos e calmantes, sentia uma mão fria que me abafava os cabelos soltos pelo rosto, que os tirava docemente de forma a me proteger daquele olhar. Talvez fosse isso que essa mão pretendia, proteger-me, agradecer-me por ter vindo, por ter aberto os meus braços perante o tamanho do desespero que aos meus olhos se despia.
Viver assim deixava-me cansada. Não havia muito a ser dito. Limitava-me a ir para a rua dia após dia ouvir as conversas que as pessoas me traziam, investigar, ouvir de novo e sentir-me patética no meio de gente tão distante de mim. Sentir-me patética por estar no mundo de alguém bem mais soberano. Sentir-me minúscula mesmo, por meter um fio de cabelo sob um espaço divino.
Há luzes que nos cegam, outras que nos consolam e outras ainda...que nos estendem parte da sua eterna luz.

domingo, 6 de março de 2011

Isto aqui é asfixiante...os dias não querem passar, as horas parecem paradas. As paisagens são cheias de sombras e todo o mundo parece saber tudo sobre todo o mundo.
Aqui toda a gente conhece a história de Jeff Buckley.

Aqui, em Memphis, o relógio parou para mim. Não dou conta das horas, nem dos minutos. Parece que é eternamente dia. É sufocante. Sinto a corda atada ao pescoço.
Um bom começo de blog.
Até parece um lugar calmo. Talvez porque nestas águas ficou apenas o silêncio de quem sofreu.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Jeff Buckley e Tim Buckley,o seu pai que morreu vitima de overdose aos 28 anos.

Mensagem de Abertura

Olá a todos.
Decidi criar este blog quase que como que uma necessidade, tal como beber água ou comer.
Um dia alguém me disse que os anjos mereciam ser lembrados sempre, porque descem sempre de tempos a tempos á terra para estender a mão a alguém. Por isso decidi lembrar este anjo, que é Jeff Buckley.
Tal como ele tanto desejou, a memória da sua música irá sempre ser lembrada. Grace continua a ser um dos albuns mais vendidos por todo o mundo, inclusive em Portugal. Em 2008 foi feita uma reedição do mesmo.

Porque nem sempre sabemos o que dizer perante a soberana morte, este blog irá falar muitas vezes sem usar palavras. Porque palavras nem sempre são precias.